Comentário crítico
Instituto de Artes - IDA
Professora: Julia Carvalhal Disciplina: Interpretação Teatral II
Comentário crítico
Meu processo de aprendizagem na disciplina de Interpretação Teatral II
Quando comecei a disciplina notei que durante os jogos teatrais eu tendia a ir para a comédia, estava em uma zona de conforto onde não estava tão atenta ao corpo, as expressões e microexpressões, por vezes fugindo da realidade. Isso se deu porque eu já estava há um bom tempo trabalhando com palhaço e mímica, onde as expressões eram grandes, bem articuladas e grotescas. Meu trabalho inicial foi neutralizar o rosto e o corpo, pelo costume de estar sempre com muitas tensões nessas partes, foi complicado, achava que não estava certo ou não estava passando emoção alguma, pois eu passava um bom tempo olhando para um ponto fixo, o princípio do foco, mas só o foco não era suficiente, eu deveria acreditar no que eu estava fazendo “fé e sentimento de verdade”.
No início do processo estava insegura, mas muito empolgada, me empenhei afinco em realizar as atividades propostas, naturalizar e deixar mais realista as ações, as falas, o corpo parado e em movimento, desafios que ainda tenho que resolver. A preocupação em tornar tudo muito real usando técnicas e fazer com que fique natural abriu outra questão, como fazer tudo isso e ainda ter consciência da plateia e do meu corpo no espaço, porque parece uma luta tão interna, tão individual, que no início não compreendia que eu tinha que me deixar afetar pelo outro e pelo o espaço, sem perder o trabalho corporal e metal.
Experimentei a concentração em um exercício proposto, foi um momento inédito, o corpo entrou em uma espécie de “transe consciente”, eu ouvia e via as pessoas presentes na sala, mas meus pensamentos estavam claros do estado, que no momento era compaixão, eu conseguia regular minha respiração, tensionar e destensionar onde fosse preciso, deixei a emoção crescer de