Comentário Crítico
Os livros didáticos constituem um valioso instrumento de acesso à cultura, conhecimento e desenvolvimento da educação e verdadeiros auxiliares pedagógicos do professor, representando para a maioria, o grande aliado das aulas, bem como o ponto de partida e de chegada da aprendizagem. Os exercícios propostos, por sua vez, fazem o fechamento deste processo, quando não são seguidas outras atividades sugeridas pelo livro. A sala de aula representa o ambiente que proporciona o contato com as obras literárias e com as diversas formas de realidade do mundo.
Atualmente, os livros contêm uma diversidade de textos com diferentes falares e características regionais do país. Os autores são citados de maneira unânime, cujas referências são evidenciadas a aqueles que se tornaram ícones da literatura.
A linguagem, de acordo com o PCNEM, é vista “como a capacidade humana de articular significados coletivos e compartilhá-los” e esta atinge uma dimensão transdisciplinar, com um papel fundamental nesta nova abordagem pedagógica proposta pela reformulação da LDB a qual visa desenvolver competências e habilidades as quais proporcionem aos jovens do EM “meios para progredir no trabalho e nos estudos” (Art.22,
Lei nº9. 394/96). A leitura, neste contexto, tem se tornado como componente na formação educacional destes jovens.
Para Reis (2003), a literatura é um fenômeno social, vista como uma prática pluridiscursiva, a qual traduz a consciência da ideologia. Os autores, por sua vez, são colocados não como indivíduos, mas como entidades sociais, sendo a literatura a entidade maior do que a existência material do livro.
A Literatura, ao ser estudada, aproxima-se da Língua Portuguesa. Esses dois componentes curriculares podem interagir, cada um com seus objetivos. Essa passa a exercer uma função didática ao ser utilizada no ambiente pedagógico. Nos currículos escolares, as obras literárias devem ser contextualizadas e no Ensino Médio, geralmente o estudo se