Comentário Critico

Formar educadores e educar formadores

Rádja de Cerqueira Trindade Brito
Para nós, estudantes do curso de letras, é deprimente falar sobre a realidade do curso onde a deterioração não vem só dos dias de hoje; o desprestígio do curso não só afeta as pequenas universidades mais também as grandes até mesmo aquelas que se concentram nas grandes capitais do nosso país.
Inicialmente só eram estudadas as línguas clássicas e os grandes escritores, a língua portuguesa sofria muita influência das línguas latina e grega. Fazendo estudo apenas das línguas mortas pelos escritores imortalizados e reconhecidos pela academia de letras. As alterações na grade curricular aconteceram de maneira desordenada, adicionava-se uma disciplina ali outra acolá. Essas alterações pesou muito no que ele se tornou hoje um “Frankenstein acadêmico” como diz Bagno. O currículo precisa de reformas, onde se tenha um curso menos voltado para a literatura ou que, pelo menos a gramática e a linguística tenham a mesma importância e, assim não caiam no esquecimento, por se tratar de disciplinas imprescindíveis na formação do profissional.
Sabemos também que é um curso pouco privilegiado dentro de uma universidade, não por ser um curso de licenciatura, mas sim por possuir uma fama não muito boa, pois pessoas “usam” o curso de letras para adentrar na universidade, pois muitos acham que, uma vez que não conseguiram vagas em cursos medicina; direito, dentre outros considerados melhores, a maneira mais “fácil” de entrar na universidade é através do curso de letras. Isso acontece por causa da tamanha ignorância da população e dos próprios integrantes do curso. Da população, por não saber a importância do profissional e não saber que podem mudar a realidade de um grupo e/ou de uma sociedade e dos integrantes por não saberem aproveitar o que o curso tem para oferecer, embora o mesmo seja carente de melhorias significativas.
A realidade dos estudantes dos cursos de letras é catastrófica, pois são