Combate ao Trabalho Infantil
Participação e Protagonismo2
Educação em Direitos Humanos
Ao tratarmos de questões como o estudo do Estatuto da Criança e do
Adolescente e o trabalho com esta lei na escola, é preciso que pensemos sobre o olhar que temos em relação à infância e à adolescência. É necessário trazer a perspectiva de um novo olhar, que é o olhar dos direitos para as relações humanas de um modo geral, em especial na escola. O nosso olhar determina o tipo de relação que construímos. Se temos um olhar de medo, de ternura, ou um olhar agressivo, toda a nossa relação vai ser determinada por isso. Nós vamos estabelecer uma relação de muito carinho, ou de medo, por exemplo. Vamos construir, a partir deste olhar, uma possibilidade de relação, ou, ao contrário, a falta desta possibilidade.
Ao falarmos em direitos na escola, devemos colocar a possibilidade de abrir a perspectiva humanista da escola, fortalecendo as relações, de modo que todos se vejam e se percebam como pessoas de direitos, que têm um potencial integral a ser cumprido, a ser realizado de forma a enriquecer a humanidade como um todo.
É preciso considerar que a escola é um espaço que reúne crianças e adolescentes no Brasil inteiro, de norte a sul deste ‘pais-continente’, que é diverso e gigantesco, e que tem uma diversidade enorme de expressões. A escola é um lugar onde potencialmente, podemos ter a realização de uma humanidade mais rica e que se reconheça na diversidade e na condição humana igualitária.
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Márcia Acioli é arte educadora formada pela Universidade de Brasília, especialista em
Violência Doméstica, pela USP e mestre em educação. Foi professora da Secretaria de
Educação do Distrito Federal por 17 anos e Assessora Nacional do Programa de Defesa e
Promoção dos Direitos da Infância, Adolescência e Juventude da Cáritas Brasileira por 5 anos.
Desde setembro de 2008 é