Coercitividade no transito brasileiro
Toda sociedade possui um conjunto de regras criadas por ela e que devem ser seguidas por todos os membros que ali convivem. Para garantir o cumprimento de tais regras a sociedade adota a pratica de métodos que geram “medo” e “ameaçam” seus membros caso venham a descumprir com as regras de convivência. A sociedade usa de meios coercitivos para controlar o comportamento dos indivíduos que a compõem.
Sob o prisma da coerção como ferramenta danosa, de promoção da ordem, que causa “medo” e “ameaça”, ainda sim, podemos dizer que se faz como um “mal” necessário e eficaz. A coerção atua de forma que o indivíduo ciente de que se infringir a lei, estará sujeito a sanções por parte das instituições violadas.
No trânsito o Estado usa de diversos meios para coibir acidentes, como investimentos em estradas, campanhas educativas e com a fiscalização das normas implantadas. A questão é dizer se existe alguma mais eficaz, ou se todas em conjunto funcionam melhor. É evidente que se todas estiverem atuando em conjunto e de forma extensiva, podem surtir os efeitos esperados. No entanto, de tudo, não é apenas responsabilidade do Estado a quantidade enorme de acidentes ocorridos no país todos os anos.
No Brasil, atualmente 42.000 pessoas são mortas por ano em decorrência de acidentes no trânsito. É um numero bastante considerável e significativo que remete tamanha importância do problema. Observamos que o trânsito necessita de ações efetivas que inibam a ocorrência de tantos acidentes.
Historicamente, o ser humano se faz perceber a necessidade de um poder coercitivo sobre ele. Se as leis são omissas ou não funcionam, viveremos num estado anômico, um caos. Os exemplos precisam ser dados, os cidadãos conscientizados, o sentimento de justiça precisa ser percebido pelas pessoas. Se as pessoas transgridem a lei, e ainda assim não são punidas, isso acarretará um sentimento de revolta nos indivíduos, que por sua vez sabendo que não haverá punição,