clonagem terapeutica e reprodutiva
Resumo
Existem dois tipos de clonagem: a reprodutiva e a terapêutica. A clonagem reprodutiva visa à produção de um indivíduo completo a partir de um pré-existente; já a clonagem terapêutica tem por finalidade a obtenção de células-tronco a partir de blastocistos que não serão implantados no útero. Estes dois tipos de clonagem geram polêmica no mundo todo. Em função disso, este trabalho teve por finalidade caracterizar os dois tipos de clonagem e suas aplicações bem como as questões éticas envolvidas.
Palavras-chave: clonagem terapêutica; clonagem reprodutiva; ética
Introdução
Clonagem é um mecanismo comum de propagação em algumas espécies de plantas e nas bactérias. De acordo com Webber (1993), um clone é definido como uma população de moléculas, células ou organismo que se originaram de uma única célula e que são idênticas à célula original entre elas. Em humanos, os clones naturais são os gêmeos idênticos que se originaram da divisão de um óvulo fertilizado. A grande revolução da Dolly, que abriu caminho para a possibilidade de clonagem humana, foi a demonstração, pela primeira vez, de que era possível clonar um mamífero, isto é, produzir uma cópia geneticamente idêntica, a partir de uma célula somática diferenciada (ZATZ, 2004). A idéia de clonagem surgiu em 1938 quando Hans Spermann, embriologista alemão (Nobel de Medicina em 1935), propôs um experimento que consistia em transferir o núcleo de uma célula em estágio tardio de desenvolvimento para um óvulo. Em 1952, Robert Briggs e Thomas King, da Filadélfia, realizaram a primeira clonagem de sapos a partir de células embrionárias. Um grupo de pesquisadores da Universidade de Wisconsin clonou uma vaca a partir de células embrionárias jovens do mesmo animal (1986). Em 1995, Lan Wilmut e Keith Campbell, da estação de reprodução animal na Escócia, utilizaram células embrionárias de 9 dias para clonar duas ovelhas idênticas