Ciência Grega
A maioria dos povos antigos (egípcios, chineses, hindus, mesopotâmicos e mesmo os gregos) já possuíam, desde a Idade da Pedra, um enorme cabedal de conhecimentos práticos e eficazes, adquiridos empiricamente através de observações razoavelmente acuradas. Mas foi somente por volta de 600, na Grécia, que os filósofos présocráticos deram o primeiro impulso em direção ao pensamento científico.
Durante muito tempo os intelectuais gregos não distinguiram claramente a ciência da filosofia, e mesmo o filósofo Aristóteles (384/322), que exerceu enorme influência no pensamento filosóficocientífico ocidental durante a Idade Média e Renascença, nunca recorreu à experimentação para consolidar suas minuciosas observações.
Somente duas disciplinas começaram o longo processo de separação da filosofia durante a Antigüidade, a Medicina e a Física. Nos séculos IV e V a Medicina consolidou os princípios essenciais que norteiam os médicos até hoje, e a Matemática e a Física
Mecânica receberam grande impulso com os trabalhos do matemático, astrônomo e inventor Arquimedes (287/212), que além de grande teórico era um engenhoso inventor e em seus estudos recorreu algumas vezes a experimentos.
As demais ciências continuaram ligadas à filosofia em maior ou menor grau durante toda a Antigüidade, e além dela. A ciência, tal qual a conhecemos, começou há apenas
400 anos, em plena Renascença. E foi o físico e astrônomo italiano Galileu Galei
(1564/1642) quem estabeleceu, a despeito das perseguições movidas pela Inquisição, o princípio da experimentação e enunciação matemática do resultado dos experimentos como os pilares fundamentais do conhecimento científico.
Autoria: Bruno Gruber
EM OUTRAS PALAVRAS
Considerando o povo grego em conjunto, notavase nele uma