Cinema na ditadura

1070 palavras 5 páginas
Cinema na Ditadura Militar

No início dos anos 70, muitos artistas estavam presos ou exilados e os que ainda podiam trabalhar na área foram obrigados a buscar outras saídas, ou adaptar-se àquelas impostas pelo governo.
Em dezembro de 1979, começava a década de cada um[1]. No cinema brasileiro, isto aparece na ausência de novos movimentos bem definidos – como o Cinema Novo, por exemplo –, com o surgimento, apenas, de tentativas inteligentes de encontrar soluções viáveis para um problema que, naquela época, estava apenas começando.
Com a esfera de mercado assumindo proporções surpreendentes. Em todos os setores ocorreram expansões da produção e consumo. A produção de bens culturais tomou um rumo industrial e o cinema brasileiro não poderia ficar fora disto. Começou um grande conflito entre o cinema de pretensões autorais e o cinema de mercado, com produtores lutando para colocar seus filmes no circuito exibidor e, por sua vez, exibidores alegando que o filme nacional não atraía o público.
O cinema passou, então, a uma atividade dita industrial, gerenciada pelo Estado e delimitada pela censura.
No início dos anos 1970, por exemplo, a produção comum de um longa-me-tragem, vinculada à EMBRAFILME, tinha como teto de financiamento 270 mil cruzeiros (hoje aproximadamente R$ 1.259.072,87). No caso de ser um filme de caráter histórico, a verba poderia chegar até Cr$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil cruzeiros, equivalentes a R$ 6.994.849,29)[3] e, ainda por cima, metade desta soma era considerada como subvenção. No entanto, esta experiência não deu certo, pois poucos filmes foram produzidos e, invariavelmente, com qualidade sofrível.
O Estado, além desta tentativa de produção ufanista, colocou-se arbitrariamente em cada sessão cinematográfica, através de filmes de propaganda e curta-metragens de exaltação aos feitos governamentais, como os filmes realizados por Jean Manzon e Primo Carbonari. Através do Decreto-lei nº 483, de 13 de março de 1969,

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