Cultura em tempos de ditadura
Anthony Saieg, Fernanda Henriques, Manuela Freitas, Renato Cinelli e Sabrina Dondoni
Mario Angelo Miranda
Cenário Político Década de 60 O presidente Juscelino Kubitschek, que vinha implementando em ritmo acelerado o seu programa de industrialização e desenvolvimento econômico, ao preço, porém, do endividamento externo, inflação, concentração de renda e acentuado êxodo rural, inaugura Brasília em 21 de abril de 1960. Jânio Quadros vence as eleições de 3 de outubro, derrotando o marechal Teixeira Lott.
No mesmo pleito, João Goulart, do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e da mesma chapa de Lott, é eleito vice-presidente (pelo sistema eleitoral então vigente, votava-se separadamente para presidente e vice). No dia 31 de janeiro de 1961, Jânio é o primeiro presidente da República a tomar posse na nova capital.
No governo, Jânio adota uma política interna austera ao mesmo tempo em que inaugura uma política externa independente e aberta a relações com as nações em geral. Faz uma reforma cambial em que desvaloriza o cruzeiro e reduz os subsídios às importações. Também investe contra os gastos excessivos com o funcionalismo público e, intervindo no plano da moral e dos costumes.
Após seu rompimento com a UDN, foi atacado pela imprensa e por Carlos Lacerda, Jânio renuncia. João Goulart se torna presidente em 7 de setembro de 1961
Goulart encaminha em 1963 propostas de reformas agrária e urbana que o Congresso, no entanto, rejeita, provocando forte reação por parte dos grupos de esquerda. No dia 2 de abril, Ranieri Mazzilli assume interinamente o governo e no dia seguinte, com o poder de fato na mão dos militares, desencadeia-se em todo o País uma onda de prisões de líderes políticos, sindicais e camponeses, enquanto Goulart se refugia no Uruguai.
Castelo Branco assume o poder em 15 de abril e três meses depois obtém do Congresso a prorrogação de seu mandato até 15 de março de 1967, adiando-se por um ano, para 3 de outubro de