HISTORIA DO CINEMA FINAL
Estou aqui e não estarei, um dia, em parte alguma.
Que importa, pois?
A luta comum me acende o sangue e me bate no peito como o coice de uma lembrança. (Ferreira Gullar)
Bruna Medeiros RA 157728
Carolina Carvalho de Assumpção RA 145652 Elson Costa RA 157830
PANORAMA
De longa duração, a Ditadura Militar no Brasil perdurou de 1964 a 1985, instaurando censuras em diversos setores que compunham a vida da população. Entre eles, dentro da chave das mídias nas quais podemos apontar jornais, rádios, emissoras de televisão, nos referiremos neste trabalho sobre o cinema. Com o decreto do Ato Institucional 5 (AI-5) em 1968, o Estado se consolidava em uma máquina de repressão ativa e forte. A censura referente à área cultural e informativa se fortificou intensamente, fazendo com que o cinema igualmente se adequasse às novas regras e, então, não se encontrava em plena liberdade de expressão para que pudesse filmar roteiros com teor crítico à conjuntura política da época. Com a pretensão de exibir filmes fictícios compostos de teor histórico que procuram construir uma determinada memória sobre o período em questão, mais especificamente sobre os militantes que se dedicaram à luta armada, tivemos de optar por filmes produzidos pós-ditadura. Embora sejam filmes focados neste tema, devemos tomar ciência desde já de que não necessariamente se posicionam à favor da guerrilha; desenvolveremos separadamente cada um no desenrolar do trabalho, são eles: Lamarca (1994), O que é isso, companheiro? (1997) e Batismo de Sangue (2006). Para fins de análise, devemos levar em conta o fato de que os dois primeiros filmes foram produzidos na década de 1990, no período conhecido como Retomada do cinema nacional; já o terceiro, em 2004, uma época em que o cinema brasileiro já corria em outro movimento. A escolha pelo tema se destaca por nosso apreço particular e convicta opinião de que o cinema, além de inestimável expressão artística,