A modernização da agricultura brasileira
Após o final da 2ª Guerra Mundial a agropecuária estava subordinada às necessidades do capital urbano-industrial. A economia rural transformou-se em fornecedora de matérias-primas para as indústrias e consumidora de mercadorias do setor industrial. A agricultura modernizava a sua base técnica, incorporando tratores, arados mecânicos, colhedeiras e semeadoras,adubos, fertilizantes e pesticidas (ocorre diferenciação dos produtores – empresariais e familiares ). Com a mecanização das atividades agrícolas ocorreu intensa liberação de trabalhadores. O mercado externo absorveu uma parcela considerável do aumento da produção agrícola de insumos industriais. Produtos como a soja, a laranja (vendida na forma de suco), o fumo e as carnes de aves juntaram-se ao café como itens exportados de grande peso.
No plano espacial, a ligação entre a modernização da economia e a capitalização da agricultura se exprime através do preço da terra (o da agrícola é mais elevado) condicionando o desenvolvimento da produtividade das atividades agropecuárias. A modernização agrícola realizou-se, em primeiro lugar, no Centro-Suldo país – Em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul existe um complexo econômico agropecuário moderno vinculado às necessidades industriais e altamente dependente de fluxos financeiros. As terras distantes dos centros urbanos e industriais e, portanto, dos mercados consumidores, apresentam preços muito menores ocorrendo o domínio da pecuária tradicional, extensiva, baseada no uso de pastagens naturais de campos, cerrados ou caatingas numa baixa densidade de animais pequenas zonas de lavouras camponesas. De acordo com os dados do Censo Agropecuário de 1995, os estabelecimentos rurais com menos de 10 hectares somam mais de metade do total, mas representam cerca de 2% área agrícola cadastrada no país. No outro extremo, os estabelecimentos rurais com 1.000 hectares ou