Cidade e Mobilidade
Este texto trata da mobilidade social e suas transformações no espaço urbano, provocado pelo desenvolvimento dos meios de comunicação decorrentes da própria dinâmica da industrialização e da urbanização da era moderna.
O objetivo desse artigo é discutir a relação entre processos midiáticos e as cidades, dando ênfase aos novos processos comunicacionais em jogo com a cibercultura que chamamos de funções pós-massivas
Mobilidade
Saint Simon disse que a evolução das cidades ocorreu pela constituição de diversas formas de mobilidade por redes materiais e espirituais. Trata-se de mobilidade por redes de transporte, mobilidade por redes de comunicação, mobilidade dos fluxos financeiros.
- redes de transporte: vai e vem de pessoas
- redes de comunicação: fluxo de informações que percorre vários meios.
- fluxos financeiros: alimenta os fluxos da cidade
As cidades e os processos midiáticos, como o jornalismo e depois as mídias audiovisuais, são desde sempre fluxo, troca, deslocamento, desenraizamento e desterritorializações (das relações sociais, das informações e dos territórios).
As cidades se desenvolvem como «sociedades em rede». O que é uma particularidade contemporânea é a hegemonia de um conjunto de redes, as redes telemáticas, que passam a integrar, e mesmo a comandar, as diversas redes que constituem o espaço urbano e as diversas formas de vínculo social que daí emergem.
Cidades: sociedades em rede. Desenvolve-se a partir de suas conexões.
Redes cibernéticas: são influenciadas e influenciam todas as redes que constituem o espaço urbano.
O processo de complexificação desse organismo-rede, que são as cidades, continua com as metrópoles cibernéticas contemporâneas, as “cibercidades” que, por sua vez, podem ser definidas como cidades onde as infra-estruturas de comunicação e informação já são uma realidade e a prática delas forma uma nova urbanidade. Essas urbanidades chamaram de “ciberurbe”.
Metrópoles cibernéticas ou