Choque entre culturas
A partir das Grandes Navegações ocorridas nos séculos XV e XVI, o mundo além-mar foi desvendado, conhecido e dominado pelos europeus. Esse fato interferiu na cultura dos povos nativos da América, muitas vezes não apenas modificando-a, mas exterminando-a, ou, em outras palavras, dizimando os habitantes da “nova terra”.
O homem branco, considerando-se superior a qualquer outra cultura ou espécie, impôs sua vontade de conquistar territórios e as riquezas que neles fossem encontradas, mesmo que para isso fosse preciso exterminar os verdadeiros donos desses bens.
Desde então, o mundo vê suas fronteiras serem reduzidas e as migrações de um continente a outro passarem a ser constantes, visto os avanços de técnicas e tecnologias promovidos pela já mencionada Expansão Marítima.
Com a Revolução Industrial, no século XVIII, as distâncias se tornam ainda menores. O fluxo de pessoas e mercadorias é cada vez maior e intensificado. E quanto mais as máquinas evoluem, mais um país passa a depender de outros, seja para compra de matérias-primas ou para a venda de seus produtos, por exemplo.
É surpreendente a velocidade com a qual os fatos acontecem e são noticiados, conhecidos por pessoas do outro lado do planeta. Cabral demorou alguns meses para chegar à América e hoje é possível sairmos daqui e chegarmos à Europa em questão de horas! As mercadorias atravessam continentes e oceanos para serem consumidas em outro lugar, longe, bem longe de onde foram produzidas; As pessoas viajam, percorrem o mundo, culturas se misturam, se perdem, se transformam... O imenso globo terrestre parece que se reduziu a uma aldeia.
As tradições refletidas na culinária, nas vestimentas, nas músicas, na fé, no idioma, na maneira de se relacionar com o outro, enfim, a cultura de modo geral se torna ameaçada pela força capitalista e consumista dessa chamada “aldeia global”.
Os valores e as peculiaridades de cada Nação, construída talvez com base em uma