Cesário Verde - Manias
Vocabulário:
“Picaresca”- burlesca; ridícula.
“Pedantesca”- vaidosa na fala e apresentação, pretensiosa.
“Perversíssima”- que se desvia do que é correto e razoável, traiçoeira.
“Esquálida”- suja, imunda, torpe e vil.
“Chagada”- ferida.
“Jactância quixotesca”- vaidade ridiculamente pretensiosa.
Linguagem e estilo:
Principais figuras de estilo utilizadas:
Metáfora: “Na sujeição canina mais submissa”.
Tripla adjetivação: “Perversíssima, esquálida e chagada”
Hipálage: “Levava na tremente mão nervosa”
Ironia: “O livro com que a amante ia ouvir missa!”
Assíndeto: “O mundo é velha cena ensanguentada, / Coberta de remendos, picaresca”
Imagem: “O mundo é velha cena ensanguentada,/ Coberta de remendos, picaresca”
Disfemismo: “Hoje uma ossada”
A obra literária deve ser o reflexo da realidade e é, por isso, preciso recriá-la em termos naturais, numa expressão desafetada. Os acontecimentos aparecem nas obras sem convencionalismos e com naturalidade. Os realistas são mestres no desenho e no colorido, cuidam muito o aspeto formal da escrita, estando assim, próximos do parnasianismo (realismo na poesia), recorrendo várias vezes à descrição usando vocábulos concretos e claros.
Este poema foi elaborado como se de uma “pintura em prosa” se tratasse, de modo a permitir uma boa compreensão da paisagem e do episódio que o poeta nos descreve. É através desta conceção que Cesário Verde se tornou no “poeta-pintor”.
Organização do texto/ Ideias essenciais:
A primeira estrofe serve de pequena introdução, na qual o sujeito poético descreve a sua visão do mundo e da vida.
Para além disso, também nos é apresentado um contraste entre tragédia e comédia, presente nos versos “O mundo é a velha cena ensanguentada” e “A vida é chula farsa assobiada”, em que estes destacam dois grupos de pessoas, os que vivem excessivamente preocupados, encarando a vida como se de