Cerveja caseira é ruim!
Eu caí MUITO nesse erro no início: oferecer a cerveja para todos provarem. Minhas duas primeiras brassagens foram Blonde Ale, pra que fosse “mais comum ao público” – bom, foram dois erros, o segundo foi justamente fazer cerveja QUERENDO que todos experimentassem, quando deveria fazer cerveja pra EU degustar.
Foram muitas e muitas frustrações da minha parte, vendo as caras feias, sorrisos amarelos e os falsos “tá boa!” – “um pouco forte, mas boa”.
Até o dia que eu caí na real. 90% das pessoas (ou mais) não bebem cervejas especiais. As pessoas provam a tua cerveja esperando que seja uma “Pilsen de mercado”.
Pra muitos, por mais que se fale: “cara, há mais de 150 estilos de cervejas... esse aqui não é um pilsen, ele é [insira aqui descrições técnico-degustativas do tipo “mais amarga, mais encorpada, frutada, com aromas de ameixa” que soarão como chatíssimos “bla-bla-blás” para a pessoa que está bebendo “aquela merda”], eles sempre vão comparar com as “pilsens” e acabarão achando uma bosta, independente dos argumentos que você preste.
Uma vez eu fiz um weizen – que congelou e deu errado, mas, mesmo assim, engarrafei – e uma Strong Golde Ale. Ofereci pra uma turma provar. Como a wiezen tava ali dando sopa, falei que errei tudo, mas abri mesmo assim pra provarem. Ela estava cristalina, sem sabor e sem corpo... “ralinha”.
Todos preferiam a weizen e, mesmo explicando que havia dado errado, eu ainda ouvi a frase “mas essa aí está mais parecida com cerveja”. Como assim??? Bem.....
Depois de muita frustração, acabei aprendendo. Não adianta argumentar, não adianta explicar. Ou a pessoa (1) conhece, ou (2) a pessoa está de mente aberta, ou... “cerveja caseira é uma bosta”.
Mas hoje, o que eu faço?
Bom... quer experimentar minha cerveja? O que tu conheces de cerveja artesanal? Que estilos tu curte?
Se a resposta for “conheço cerveja artesanal”, a chance de eu