Cerveja artesanal
A partir do momento em que o homem passou a desenvolver o que hoje conhecemos como sociedade ou civilização, várias técnicas básicas foram descobertas e aprimoradas. O fogo e a fermentação foram as principais aliadas da raça humana durante todo o seu processo de amadurecimento e crescimento progressivo. Através do processo de fermentação de cereais, surgiu uma das primeiras bebidas inventadas pela humanidade: a cerveja. No entanto, não existe, entre os estudiosos, um consenso sobre datas exatas (MORADO, 2009). Por ser tão antiga, a bebida passou por diversas etapas, diferentes níveis de desenvolvimento, escolha de ingredientes secundários e, até mesmo, de receita ou fabricação. O único ponto em comum entre todas as civilizações que cultuaram e ajudaram a disseminar a bebida foi o apreço e até mesmo respeito pela mesma (MORADO, 2009). Mesmo existindo há milênios, a primeira cerveja a aportar em terras brasileiras veio junto com Maurício Nassau, no ano de 1637. Mas apenas em 1808 chega oficialmente, trazida pela realeza portuguesa, pois Dom João a apreciava de tal maneira que era praticamente impossível ficar sem consumi-la (SANTOS, 2005). Com a vinda dos portugueses, a variedade de produtos aumenta no mercado da colônia. Isso inclui cervejas importadas, muito diferentes do produto oferecido pelo povo local (SANTOS, 2005) Um elemento curioso sobre as primeiras cervejas brasileiras é o nome dado a elas. Por possuírem um alto nível de gás carbônico – devido à alta fermentação que, por sua vez, é originada das altas temperaturas do Brasil – foram apelidadas de Cerveja Marca Barbante. Era necessário amarrar as rolhas com barbantes para evitar que estourassem antes do momento desejado (SANTOS, 2005). Aos poucos, o número de consumidores foi aumentando e a popularidade tomando grandes proporções. A industrialização foi muito importante para a padronização e para ampliar a capacidade de comercializá-la, frisando-se,