Centros historicos
Desde tempos imemoriais que as cidades são produto das sociedades que as fisicamente construíram e culturalmente edificaram, num processo contínuo e intemporal. De facto, as cidades, desde as pequenas aglomerações urbanas da antiguidade e das atuais metrópoles globais, sempre polarizaram importantes funções sociais, económicas, patrimoniais e cívicas, constituindo-se um legado das sociedades passadas e, uma plataforma para as vindouras, sendo um espaço de transição por excelência. o centro histórico de uma cidade é por definição um lugar central relativamente à restante área construída, sendo definido pelo seu “poder de atração sobre os habitantes e turistas, como foco polarizador da vida económica e social”, Este núcleo corresponde assim ao centro funcional tradicional das cidades, o qual apesar de ter perdido alguma atratividade, tendo-se tornado menos acessível que outras áreas novas, “permanecerá sempre como a parte antiga da cidade, e isso explica que o elemento mais marcante de um centro histórico na atualidade seja a sua imagem simbólica”
- A importância dos centros históricos
Facilmente encontramos evocações de outros tempos relativas à importância do centro das cidades, tido como centro histórico. Com efeito, “os maiores cafés, as lojas mais chiques, os teatros, os cinemas de estreia, faziam dessa área o “centro” no pleno sentido da palavra e, nas suas várias dimensões”, dado este ser dotado de “centralidade geográfica, social e económica”. Como o próprio conceito indica, o “centro” tem normalmente uma posição central relativamente à “área ocupada pelas povoações ou em função das acessibilidades”, assumindo uma localização geográfica estratégica relativamente ao que o rodeia. Já a centralidade económica deve-se ao facto de ser no centro histórico das cidades que se localizam “os estabelecimentos comerciais mais importantes, as sedes de empresas e da administração pública”, os quais se concentram