centrifugação
3. Revisão Bibliográfica
3.1 – Caracterização dos Resíduos sólidos
Os resíduos gerados nos processos de tratamento de água e esgoto são constituídos por duas fases, uma sólida e a outra líquida apresentando o maior volume do mesmo resíduo. A água da fase líquida pode ser classificada em diferentes estados no lodo, Tsang e Vesilind apud Guohua et al. (2002) apresentam um modelo da distribuição das frações de água no lodo:
Água Livre - Fração da água não associada às partículas sólidas do lodo e pode ser removida facilmente por sedimentação gravitacional;
Água intersticial ou capilar - Fração da água ligada aos flocos do lodo, presente nos interstícios dos mesmos, podendo ser liberada pela quebra dos flocos mediante aplicação de força mecânica ou evaporação;
Água Adsorvida - Camada de água formada na superfície das partículas sólidas do lodo, a qual é fortemente ligada por adsorção e adesão através das pontes de hidrogênio;
Água de Hidratação - Fração da água quimicamente ligada à superfície das partículas sólidas.
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Figura 3.1 – Distribuição da água no lodo.
Fonte: adaptado de Guohua (2002).
A concentração de sólidos presentes nos resíduos e o volume de lodo gerados no processo de tratamento de água e esgoto é de fundamental importância na escolha dos tipos de tratamento e disposição destes resíduos.
3.2 – Processamento de Lodo
O processo de tratamento da fase líquida das estações gera como subproduto um material com elevado teor de umidade, sendo necessário a sua desidratação caso haja a necessidade de seu manuseio. O processo de remoção de água desse material deverá ser selecionado em função das suas características, bem como das exigências do local de sua destinação final. Os benefícios desse processo são: redução do seu volume; redução dos custos com transporte e; melhorar suas características físicas. A figura 3.2 apresenta a variação do volume do lodo em função do seu teor de água,