O livro conta a trajetória de Klink em sua busca de realizar o sonho de cruzar o Atlântico à bordo um pequeno barco:o Paraty. De sua aventura fica a certeza de que quando se tem um sonho o universo conspira a seu favor para realizá-lo. Há uma série de ‘coincidências’ que acontecem com ele no exato momento em que ele precisava: pessoas trazem presentes, conhece pessoas que sabiam daquilo que ele precisava e, tantas outras que ele narra e são fascinantes. Pensando na sincronicidade e nesta rede que vivemos, fato valorizado pela sistêmica, a trajetória de Klink nos mostra que isto é possível. Outras situações importantes no livro: o fato de se estar sozinho por 100 dias no mar revela o quanto as pequenas coisas são importantes: bilhetes de amigos, velhas músicas, a hora de falar no rádio (ouvir gente), o convívio com os animais e o aprendizado com eles. O ser humano se percebe como mais um no universo, fazendo parte ao invés de acreditar que é o melhor, que tem o controle de tudo. Klink aprendeu que os peixes ajudavam em sua travessia, sinalizavam a presença ou não de tubarões ou baleias e estas tinham um motivo para visitá-lo: a alimentação (pequenos moluscos que se agarravam ao barco) A frase ‘navegar é preciso, viver não é preciso”, toma dimensões significativas e apóia a leitura deste livro. A navegação é algo preciso, há precisão de coordenadas, de pontos, mas viver não traz nenhuma certeza, mas Klink diz que viver é fundamental!! É um livro fantástico, com certeza nos ensina que é preciso viver a cada dia superando dificuldades, lutando, mas aprendendo a valorizar as pequenas coisas a nossa volta. Dando valor às pessoas que de uma maneira ou outra fazem parte de nosso