Cem dias entre o céu e o mar
É uma narrativa, que aborda desde o planejamento até a chegada, onde Amir Klink coloca em pratica seu sonho por grandes expedições, sonho que ele alimentou desde sua infância e que lhe rendeu uma biblioteca sobre o gênero onde possui cerca de 240 livros. Considera a literatura náutica um dos capítulos mais empolgantes da história humana.
Durante o planejamento o autor nos mostra uma verdadeira aula de gestão de projetos, pois o mesmo tem de gerenciar a preparação de seu barco, seu estoque de água, comida (este desafio é realizado com a ajuda de tecnologia moderna, como comida desidratada desenvolvida especialmente para o projeto), meios de comunicações e para isso conta com a ajuda de diversos amigos.
Outro fato que chama a atenção são as várias coincidências que acompanharam os preparativos e a realização da viagem, como a revista Geográfica Universal, que lhe foi enviada por um amigo contendo a exata informação que ele procurava sobre o porto africano de Lüderitz e que até aquele momento eram raras as informações; a carta de detalhes do porto que ele também não encontrará em nenhum local e que sem saber seu primo da a ele de presente em um abajur onde ao invés de papel, a cúpula do abajur é a própria carta; e o encontro de um retrato de sua própria casa em Paraty no dia em que chegou ao outro lado do oceano, na casa de pessoas desconhecidas.
O cotidiano da travessia é feito de remar oito horas por dia, de fazer cálculos precisos, de preparar a refeição deliciosamente desidratada, fazer os contatos rádios nos dias e horas estabelecidos e de ter muito tempo para só contar consigo diante do