Caso tesco
Em 1992, o varejo do Reino Unido era dominado por duas empresas: a J. Sainsbury e a Marks & Spencer. A Tesco, fundada em 1919, tinha a metade da participação no mercado das concorrentes e não parecia ter potencial para ir além disso. No ano de 1993, o jornal britânico The Times publicou uma provocação, que dizia: “se você quer qualidade, compre na Sainsbury. Se quer bom preço, compre na Discounter. A Tesco fica no meio termo. Quem precisa comprar lá?”. Hoje, essa realidade é bem diferente.
Desde os anos 90, a companhia ingressou em uma curva ascendente, e se tornou a terceira maior rede de supermercados do mundo, presente em 14 países, com 472.000 empregados e mais de 5.000 lojas. No primeiro semestre de 2010, o lucro líquido da Tesco cresceu 14%, representando 1,18 bilhão de libras (o equivalente a 1,87 bilhão de dólares), em relação ao mesmo período do ano anterior. Já as vendas, excluindo impostos adicionais, somaram 29,8 bilhões de libras, subindo 7% em um ano.
O atual presidente-executivo da empresa, Sir Terry Leahy, esteve à frente dessa reviravolta e garante que, para chegar a esse resultado, não foram necessárias muitas mudanças estruturais. E com isso, ele afirma que os 4 principais motivos da Tesco para chegar a essa posição, são:
1) Encontrar a verdade. “Se você consegue ver a verdade da sua situação, a batalha está metade ganha. Se você não enfrenta os clientes e a concorrência, vai ter muitos problemas”, afirma o executivo. Este mandamento prega a necessidade de compreender a realidade da empresa sem medo. Para Sir Leahy, as pesquisas de opinião podem até ajudar, mas nem sempre são a resposta para dar a real situação da empresa. “O cliente é mais sincero, não tem papas na língua e vai falar o que a sua empresa tem de bom e ruim. É por isso que ouvir depoimentos de pessoas reais é fantástico”, diz.
2) Metas audaciosas. Esta idéia, tomada emprestada do guru Jim Collins, corresponde à importância de estabelecer objetivos