Organizações vistas como máquinas
Neste capítulo é retratada a burocratização das corporações e as origens da mecanização e uma reflexão sobre as consequencias deste processo. Inicia-se usando uma metáfora para melhor ilustrar suas ideias e perspectivas. Nela é feito o paralelo entre o trabalho artesanal de um velho chinês e outro proposto por Tzugung que era mecanizado, utilizando uma bomba d´água: percebemos que o primeiro, pela sua simplicidade, engrandece quem o faz. O outro, pelo retorno que proporciona, é economicamente mais viável. Fica a questão: qual dos processos estará correto? O artesanal que tem todo aquele cuidado numa criação, onde seu criador se enxerga e se vê engrandecido pelo resultado alcançado, porém não consegue resultados em grande escala? Ou o mecanizado que é mais produtivo, porém o seu criador não se vê no processo, delegando as máquinas o mérito do resultado. Sabemos que cada processo tem seu momento de utilização e seu grau de importância. O velho chinês havia aprendido com seu professor que ao agir como máquina viraria delas e perderia a simplicidade da sua alma. Vimos isso demonstrado no filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin, onde o ser humano transformado numa engrenagem com tarefas repetitivas passa a funcionar como tal, mesmo ao término do seu turno. O autor relata que naquele momento histórico, início da Revolução Industrial, com a invenção da máquina foi necessário esse ajuste, cremos que não tão cruel como foi feito, mas era preciso transformar artesãos em operários e isso exigiu uma divisão de tarefas, um treinamento de como operar as máquinas e algumas consequências, por vezes até danosas, se apresentaram: êxodo da comunidade rural para centros urbanos, degradação geral do ambiente e principalmente, a agressão da racionalidade sobre o espírito humano, onde a ênfase estava na produção, e o ser humano é só parte do processo. Os artesãos foram engolidos pelo processo produtivo