Navios porta conteiners
1. INTRODUÇÃO
Nos primórdios da navegação marítima, a maioria das mercadorias era transportada em tonéis. O tonel, por ser uma embalagem resistente e de fácil manuseio, foi o sistema ideal que nossos antepassados encontraram para enfrentar as grandes dificuldades existentes nas operações de embarque e desembarque. Dificuldades estas facilmente imagináveis, se levarmos em conta que não existia a eletricidade e a máquina a vapor e, sendo assim, não se conheciam os guindastes elétricos, nem as empilhadeiras mecânicas.
Com o decorrer do tempo, houve o desenvolvimento da engenharia naval e a conseqüente construção de navios com maiores capacidades gravimétricas, o que fez com que o problema do peso específico passasse para um segundo plano, principalmente com o advento do navio de casco de ferro, de aço etc. Nessa época o que mais interessava passou a ser o espaço, e como o tonel, embalagem de alto índice de estiva, ou seja, ocupava muito espaço no navio, foi aos poucos sendo esquecido e então substituído por outros tipos de embalagens.
Na história do comércio marítimo, a utilização e a padronização das cargas sempre foi uma busca constante, seja através de tonéis, caixotes e sacas de grãos. Isto porque tal procedimento facilita e simplifica sobremaneira a movimentação e a consolidação das cargas nos porões dos navios. Apesar desses esforços, a produtividade das taxas de carga e descarga ainda permanecia baixa.
Em 1901 o inglês James Anderson divulgou o seu famoso tratado sobre a possibilidade do emprego de "receptáculos" uniformes no transporte internacional, mas somente em 1950 as diversas nações do mundo se conscientizaram desse problema e começaram a ditar normas para essa padronização. E foi nesse ano que o exército americano desenvolveu o seu recipiente chamado Conex, ou Container Express Service.
Deste ano em diante o mundo começava a sentir a necessidade de uma padronização das medidas desses contêineres. Somente então que, na América a ASA e na