caso de familia e conflito
O negócio que Pedro decidiu continuar sozinho manteve sua estrutura família, já que ele contou com a ajuda de sua esposa, Marina, na administração da fábrica, sediada na lateral de sua casa. Fraser (2005) defende que a relação entre essas duas esferas da vida podem ser favoráveis ao negócio, mas que ao mesmo tempo podem trazer danos, que geram sofrimento e desgaste. O negócio de Pedro e Marina, ao longo de sua operação, sofreu com tais consequências danosas que esse tipo de estrutura pode causar.
Após 10 anos de operação, a empresa tinha crescido e Pedro e Marina reconheciam as dificuldades e incômodos de não existir fronteiras entre lar e trabalho. Começavam a aparecer os conflitos trabalho-família, que para Fraser (2005) são decorrentes das dificuldades de as pessoas se equilibrarem para os múltiplos papéis no trabalho e na família. Exemplos disso eram a falta privacidade exclamada por Marina, quando recebia ligações de clientes aos finais de semana, já que o telefone da residência era o mesmo da empresa, e a pouca distinção entre os dois ambientes, dado que para chegar ao escritório se passava pela sala e cozinha da residência, fazendo com que funcionários da casa se confundissem com os da empresa.
Já desgastada com essa situação, Marina aceitou a proposta de seu irmão mais velho, Marcelo, para a adoção de um plano de reestruturação e profissionalização da empresa, com o apoio do SEBRAE, onde fazia um curso de negócios. O objetivo principal era conseguir um financiamento disponibilizado pela instituição, o que promoveria o desenvolvimento mais