Caso clinico
Ajuda e altruísmo: comportamentos voluntários que consistem em “fazer bem” aos outros, mas diferem ao nível do objectivo final: a ajuda intenta reforços positivos; o altruísmo não aguarda reforço.
Surgimento do estudo: caso Kitty Genovese. Em 1964, uma rapariga de 24 anos, moradora num complexo habitacional, no bairro de Queens, Nova Iorque, foi esfaqueada até à morte quando voltava para casa. 38 vizinhos ouviram os seus gritos. As luzes das janelas dos apartamentos dos observadores chegaram a atemorizar o agressor, mas como ninguém saiu para socorrer Kitty, o agressor continuou a esfaqueá-la, durante meia hora, até à morte.
Porque os vizinhos não intervieram e não ligaram à polícia?
Difusão da responsabilidade: Estando apenas um espectador numa emergência, este assume toda a responsabilidade de a enfrentar e sente toda a culpa por uma ausência de intervenção. Estando presentes outros espectadores, a responsabilidade de intervir é dividida e a culpa não recai unicamente sobre um só. A inacção é imitada.
Modelação, Imitação e Ajuda: Embora geralmente se verifique que a presença de outros inibe a intervenção, pode verificar-se um outro processo - o da modelação:
Cada espectador pode actuar como um modelo comportamental para os demais, que o imitam, e cada espectador pode procurar, nos outros, indícios do que deve ser feito.
Reforços internos (3 tipos): (1) pode suscitar recompensas, como uma imagem lisonjeira de si próprio, a boa disposição, o sentimento do dever cumprido; (2) pode afastar punições, como a culpabilidade, a vergonha ou o sentimento de transgressão das normas sociais; (3) pode reduzir uma activação desagradável, na medida em que restaura, por exemplo, uma situação de justiça.
Em geral, as pessoas gostam de acreditar que o mundo em que vivem é justo. Apesar da maior ou menor crença, pensam ter merecido aquilo que possuem. O que recebem da