Caso carlos
Carlos tem oito anos e cursa a segunda série deuma escola municipal na Zona Sul da cidade de São Paulo.
Foi encaminhado ao Serviço de Orientação em Queixa Escolar por “indisciplina, agitação e dificuldade de concentração”.
A mãe Dora- temia que ele interrompesse os estudos por não conseguir aprender os conteúdos ensinados.
Foi submetido a uma avaliação psicológica - acesso restrito à coordenação.
A Dora - o laudo solicitava atendimento neurológico, psiquiátrico e psicológico - capacidade intelectual como “rebaixada”.
Carlos foi levado a uma neurologista, cujo diagnóstico afastava a possibilidade de qualquer comprometimento neurológico.
Era preciso que este diagnóstico chegasse à escola, para que o desencontro das versões oficiais pudesse ser explicitado e discutido.
Dora - um menino ativo, curioso e interessado. Aos três anos já andava de bicicleta sem rodinhas, atualmente sua diversão preferida. Em casa, passa horas no computador, entretido com os joguinhos. Assiste a todas as corridas de Fórmula I e quer aprender violino.
Intimidada pelo parecer da psicóloga e por sua ratificação pela escola, diz ter dúvidas quanto à real capacidade de Carlos para aprender os conteúdos escolares.
Dora foi informada de que a realização do laudo deveria passar por seu consentimento, sendo o total acesso a tal documento um direito seu.
Encontros com Carlos (quatro):
Menino ativo e conversador
Gosta de olhar os livrinhos de estória
Sabe ler e escrever
Gosta muitode matemática (soma, multiplicação e divisão).
Carlos – escola lugar de brincadeiras e de convivência com os amigos.
Dimensões reduzidas do prédio limitam as brincadeiras no recreio. Ausência de aulas de Educação Física
Impossibilidade de fazer parte da horta.
Contatos com a escola (três):
Professoras afirmam que ele tem problemas, mas nãoconseguem especificar ao certo do que se trata. – confiam no diagnostico da psicóloga.
O parecer da