Caso Bernardo
O rosto sorridente e o lado carinhoso de Bernardo Uglione Boldrini não foram levados em consideração pelo pai, Leandro Boldrini, 38 anos, médico, a madrasta, Gracieli Ugulini, 32 anos, enfermeira e a amiga dela, Edelvania Wirganivicz, 40 anos. O trio planejou e executou a morte do garoto com frieza e requintes de crueldade. Sem a mãe, que se suicidou no consultório médico de Leandro, há quatro anos com um tiro na cabeça, o garoto não tinha o amor da madrasta, que muitas vezes o deixava na rua, fora de casa, até que o pai chegasse. O menino tinha uma segunda moradia, onde passava boa parte de seu tempo quando estava em Três Passos. O pai de Bernardo também regulava as visitas dele a avó materna, que reside em Santa Maria.O crime chocou o país e causou comoção e discussões pelas redes sociais e sites de notícias de todo o Brasil. O dia 4 de abril de 2014 ficará marcado por um dos crimes mais cruéis da história gaúcha. Na tarde daquela sexta-feira, foi assassinado na região noroeste Bernardo Uglione Boldrini, de apenas 11 anos. O menino sorridente e amigo de todos na pequena cidade de Três Passos, onde morava, se encaminhava para a morte ao entrar na caminhonete Mitsubishi L200 conduzida pela madrasta. Graciele Ugulini convidou Bernardo para viajar até Frederico Westphalen, município a 80 km de Três Passos, para lhe dar de presente uma TV.A relação entre os dois sempre foi péssima, mas a inocência, simpatia e bom coração de Bernardo o impediria de pensar que a madrasta estaria o levando para a morte. Chegando lá, Graciele encontrou a amiga Edelvânia Wirganovicz. Madrasta e menino trocam de carro e seguem com a assistente social Edelvânia para o interior do município, aliás, bem próximo onde a mãe de Edelvânia morava. No caminho, Bernardo recebe uma injeção letal. Os motivos? Ciúmes do garoto? Herança que ele tinha a receber? Isso a polícia ainda não descobriu. O menino estava tão