Convivendo com o risco- Caso Bernardo
A noção de risco implica não somente iminência imediata de um perigo, mas também a possibilidade de, num futuro próximo, ocorrer uma perda de qualidade de vida pela ausência de ação preventiva. A ação preventiva está relacionada com o risco, pois não se trata de só minorar o risco imediatamente, mas de criar prevenções para que se reduza significativamente o risco, ou que ele deixe de existir. Pensando na prevenção, se os indivíduos não estiverem assegurados contra imprevistos causados pelos riscos, viverão na insegurança, pois o risco social compromete a capacidade dos indivíduos de assegurar por si mesmos sua independência social, sua autonomia diante da vida.
Analisaremos, diante de alguns fatos, como situações de riscos estão atreladas á vulnerabilidade, fatos corriqueiros, outros divulgados recentemente pela mídia, nos darão uma maior dimensão da problemática.
Caso Bernardo Boldrini, 11 anos.
Seria mais um caso de falta de afeição familiar, mais um caso de difícil relacionamento entre madrasta e enteado, mais um caso de pai alienado, se é que assim podemos chamar se não tratasse de um dos casos que mais nos marcaram nesses últimos dias.
Após ter ido, sozinho, ao Ministério Publico pedir para morar com outra família por falta de afeição familiar, após ter relatado á sua ex-babá que acordou assustado pela madrasta que tentava asfixia-lo com um travesseiro, e após essa mesma babá desmentir o ocorrido ao MP por medo de