Case Study - ZARA
A ZARA divide os seus produtos em duas categorias: produtos básicos (com baixa variabilidade), e produtos diferenciados, com alta variabilidade na procura. Assim, faz sentido o uso de uma estratégia pull para os produtos que apresentam uma alta variabilidade, pois esta estratégia permite ter lead times reduzidos (melhor antecipação), permite ter níveis de inventário baixos tanto nos armazéns, como nos fabricantes, permite reduzir a variabilidade do sistema e apresenta uma melhor resposta a mudanças de mercado. E é esta a estratégia que a ZARA usa para este tipo de produtos, através das fábricas do grupo existentes em Portugal e em Espanha. Estas fábricas são bastante dinâmicas, como mostra o tempo que a empresa demora no processo de design até à venda de um novo produto: 3 a 4 semanas, enquanto os concorrentes demoram, em média, 6 meses. Isto permite uma rápida adaptação ao mercado, tornando-se num trunfo da ZARA.
Já nos produtos com baixa variabilidade, faz sentido o uso de uma estratégia push, pois dada a baixa variabilidade e a elevada produção, a empresa consegue fazer uso de economias de escala.
Assim, a cadeia de abastecimento da ZARA encontra-se dividida em duas partes, como mostra a figura: os produtos com alta variabilidade são produzidos em Portugal e Espanha, e os produtos com baixa variabilidade na Ásia (os fornecedores das fábricas da Ásia e da Europa são independentes). Seguidamente, todos os produtos produzidos seguem para os 8 centros de distribuição que o grupo detém em Espanha. Estes centros de distribuição são, certamente, centralizados para que se possa tirar benefício do Risk Pooling reduzindo, assim, a variabilidade na procura. Dos centros de distribuição os produtos seguem para todo o mundo. Embora não seja explícito no texto, os produtos básicos consumidos pela Ásia são certamente fornecidos pelas fábricas existentes neste continente, pois não faria sentido os produtos serem transportados até ao centro de