Cartilha Crack CFM
A epidemia de uso de crack que se apresenta no país preocupa a todos os brasileiros. A estimativa da OMS para o
Brasil é que existam 3% de usuários, o que implicaria em 6 milhões de brasileiros. O Ministério da Saúde trabalha com
2 milhões de usuários e estudo da Unifesp patrocinado pela
SENAD demonstra que um terço dos usuários encontra a cura, outro terço mantém o uso e outro terço morre, sendo que em 85% dos casos relacionados à violência.
Não existe ainda uma droga específica. Os psiquiatras preconizam internação para desintoxicação de cerca de 7 a
14 dias, drogas usadas comumente como opióides e tratamento das comorbidades constituem-se em medidas iniciais, devendo o paciente ter acesso à rede de tratamento ambulatorial bem como aos processos integrados;
É preciso mobilizar toda a sociedade (sindicatos, conselhos, movimentos sociais, religioso, estudantil) e meio empresarial para criar uma consciência de responsabilidade compartilhada para o sucesso dessa grande ação de cidadania. As entidades médicas (Conselho Federal de Medicina,
Federação Nacional dos Médicos e Associação Médica Brasileira) se disponibilizam para fazer parte dessa grande causa.
A comissão de assuntos sociais criada pelo CFM, além da realização de três seminários, estudou o tema e de forma objetiva e legitimada, concluiu que:
1 - O plano de enfrentamento proposto pela SENAD contempla as ações necessárias se implementadas com recursos em quantidade suficiente e adequadamente aplicados
2 - Há um consenso para que haja eficácia no enfrentamento ao crack, que o Governo Federal nomeie um coorde-
nador geral, com o objetivo de articular as ações com todos os ministérios e venham a agir de forma integrada e que os recursos não privilegiem ações policiais ou de saúde em detrimento de ações sociais.
3- Ferramentas isoladas como comunidades terapêuticas ou consultórios volantes não resolvem a assistência à saúde que necessitam de uma rede hierarquizada e