Dicas textuais
1. Introdução
A forma como se inicia um texto - e o próprio título - são importantes estratégias argumentativas na medida em que é decisiva no sentido de levar o leitor a ler o texto. De nada adiantam os argumentos, a relevânica do conteúdo, ou a própria informatividade, se o leitor não for persuadido a ler o que foi escrito. O esforço do escritor deve se concentrar, pois, em captar o interesse do destinatário de sua comunicação mediante um título e uma introdução atraente. "Te pego pela palavra", dizemos quando queremos cobrar de alguém coerência ou a manutenção da palavra dada. "Te pego pela introdução" - podemos parodiar - para retratar o principal empenho de quem escreve, que é de conquistar o leitor.
2. Fórmulas para iniciar textos
A seguir, apresentam-se doze fórmulas - as que se julgou mais comuns - para se iniciar textos.
2.1 Divisão
Consiste em citar os aspectos que serão abordados ao longo do texto. É uma fórmula bastante empregada, que facilita a organização do que se vai expor.
Cuidado especial merece a retomada dos pontos mencionados nesse tipo de introdução no desenvolvimento do texto. Expressões do tipo "Quanto ao primeiro item", "No que tange ao...", "Finalmente, no que diz respeito..." vão dar coesão ao texto.
Exemplos:
A falta que faz a leitura
Quando assumi o cargo de Editor de Qualidade no JB, em 1º de outubro de 1995 (deixei-o em 15 de outubro de 1996, para tornar-me, com grande alegria para mim, um auxiliar do velho amigo Orivaldo Perin no trabalho de dar forma final à 1ª página), tinha três preocupações básicas: 1. o empobrecimento da linguagem de jornal; 2. a vulgarização da linguagem de jornal; 3. a correção dessa mesma linguagem.
A característica básica do empobrecimento é a preguiça, a falta de imaginação ou de originalidade, e, finalmente, a falta de informação literária ou de intimidade com o idioma, pois (...)
Vamos ao segundo item, a vulgarização da linguagem, que busquei