Cartier Bresson

Henri Cartier-Bresson

Nascido em 1908, na França, Henri Cartier-Bresson foi um fotógrafo icônico, detentor do título de olhar do século XX e também conhecido como o pai do fotojornalismo moderno. Em 1931, aos 22 anos, Cartier-Bresson, que até então se dedicava à pintura, viajou para a África, onde fotografou por um ano usando uma câmera-miniatura fabricada pela firma francesa Krauss e comprada na Costa do Marfim. Porém, todos os seus filmes foram deteriorados pela umidade presente nas samambaias que retratava.
Ao retornar à Europa, Bresson viu uma foto do fotojornalista Húngaro Martin Munkacsi, tirada no Congo e publicada na revista Photographies, onde três rapazes negros corriam nús em direção ao mar. Nesse momento catártico, Bresson se sentiu inspirado e desafiado a captar a eternidade instantaneamente, e logo adquiriu uma câmera Leica equipada com a objetiva de 50 mm. O tamanho da câmera, pequena em relação às da época, influenciou bastante no fluxo dos registros de Bresson, já que era pequena e permitia que ele a carregasse para os mais variados lugares e captasse os momentos sem que as pessoas percebessem que estavam sendo fotografadas. A escolha da lente também não se deu ao acaso. A imagem projetada pela objetiva com distância focal de 50 mm possui uma distorção perspectiva muito próxima da distorção perspectiva do olho humano.
Em 1932 Cartier-Bresson teve sua obra exposta pela primeira vez, na Julien Levy Gallery, em Nova Iorque e no Ateneo Club, em Madrid. Cartier-Bresson serviu o Exército francês durante a Segunda Guerra Mundial, atuando na unidade de filmagem e fotografia. Em 1940 ele foi capturado por soldados alemães e mantido como prisioneiro de guerra. Após duas tentativas de fuga sem sucesso, conseguiu escapar em fevereiro de 1943, retornando para a França, onde se juntou à Resistência Francesa e registrou a ocupação e liberação da França. Com o término da guerra, foi convidado a dirigir o documentário Le Retour, que falava sobre os campos