Cartas a um jovem poeta
A primeira carta é iniciada através dos agradecimentos de Rilke diante da confiança que o jovem poeta Franz Xaver Kappus demonstrou ter em seu trabalho. No entanto, Rilke inicia a mesma adiantando que não caberá a ele julgar, criticar os poemas de Franz, uma vez que, é contra a qualquer tipo de crítica. O que ocorre no decorrer desta carta é inúmeras tentativas de aconselhar esse jovem, até então aspirante à poeta, de encontrar seu próprio caminho. Rilke diz ao jovem poeta que não encontrou autenticidade em seus versos, ou seja, para ele os versos não tinham características próprias, apenas poucos sinais de personalidade. Aconselha o jovem à não se basear em opiniões alheias, não buscar as respostas “fora” pois essas respostas ele encontrará dentro de si mesmo. Só ele mesmo poderá se ajudar. Também o aconselha a olhar para dentro de si mesmo, confiar em si mesmo e em seu dom de fazer poesias. Rilke também deu conselhos de como buscar inspiração nas coisas, na natureza, como encontrar a tranqüilidade necessária e o modo como Franz deve redigir seus poemas. Também diz que quando o jovem encontrar as respostas que procura deve saber interpretá-las e merecê-las, assim como, deve sempre seguir seu caminho da melhor maneira. Rilke finaliza a carta afirmando que tentou ser o mais sincero possível ao escrevê-la.
2º Carta – Viareggio perto de Pisa (Itália), 05 de abril de 1903
Nesta segunda carta Rilke inicia pedindo desculpas a Franz pela demora em responder a carta que lhe foi enviada em 24 de fevereiro. Explica que durante este tempo andava indisposto, com fraqueza, sem animo para fazer qualquer coisa. Como não via melhora em seu estado, resolveu ir às margens do mar Sul, pois lá buscava se sentir melhor. Como ainda não andava bom pediu que o jovem poeta tivesse muito apreço com suas palavras e que as interpretasse como se fossem muitas. Rilke destaca que todas as cartas que lhe são enviadas o alegram muito e buscar dar