ATPS Forma O Da Literatura Brasileira
Pouco se sabe de Pero Vaz de Caminha que deve ter nascido por volta de 1.450. Filho de um funcionário da Coroa tinha conhecimentos contábeis e sabia escrever bem.
Dos textos que conhecemos sobre o “achamento” das terras brasileiras, sua carta é o documento mais vivo e interessante.
É o único que analisa com atenção o comportamento dos índios, revela uma simpatia inegável pelos homens e mulheres que encontra no Brasil e nos permite vê-lo como um exemplo do humanista da época, intelectualmente curioso, tolerante com diferentes costumes e honesto em suas informações, não hesitando em revelar suas dúvidas em relação aos fatos.
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Carta de Pêro Vaz de Caminha
No início Caminha apresentase como um homem desprovido de talento por sua carta não conter dados técnicos sobre a navegação, relata traços por ele observados desde o momento em que avistam primeiramente o
Monte Pascoal e em seguida a
Terra de Vera Cruz, assim nomeada pelo capitão.
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Descreveu os índios como pardos, um tanto avermelhados que andavam nus sem fazerem o menor caso de encobrir ou mostrar suas partes íntimas, com tanta inocência quanto mostrar seus rostos.
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Tinham os cabelos lisos e tosquiados, raspados por cima das orelhas, traziam uma espécie de cabeleira de penas de aves, os lábios inferiores eram furados com ossos atravessados, alguns possuíam três ossos na boca e outros andavam com os corpos pintados, metade de sua própria cor e metade de tintura preta meio azulada e outros ainda tinham o corpo pintado de xadrez. Também traziam nas mãos traziam arcos e setas, mas mostraram comportamento amigável bastando um sinal de Nicolau
Coelho e os índios deixaram suas armas. Percebia-se que os índios confiavam nos portugueses e queriam conhece-los melhor.
Conta que os índios não reconheciam a importância do rei ou do capitão. Relata que Cabral demonstrava o interesse dos portugueses por ouro e pedras