Carta à uma autoridade

Excelentíssima Senhora Dilma Rousseff
Presidente da República Federativa do Brasil

Senhora Presidente,
Meu nome é Wilker, tenho 19 anos, moro em Fortaleza-Ceará e atualmente estou cursando administração em uma faculdade particular, meu objetivo de estudar na Universidade Federal de meu estado não pude alcançar - por falta de empenho meu, mesmo. Escrevo-lhe hoje para falar da angustia que sinto em meu coração ao ver o rumo que a minha pátria amada, como é cantada em nosso Hino Nacional, está tomando em relação ao aborto. Tenho por minhas convicções, que estou dirigindo a carta à pessoa certa, já que Vossa Excelência é a autoridade máxima de meu País, eleita de forma democraticamente, como fazem questão de ressaltar, por meus conterrâneos.
Vossa Excelência faço questão de deixar bem claro que minha educação é religiosa, sou Cristão-Católico praticante. E como cristão que sou não posso assistir tudo o que está acontecendo, como se fosse somente um espectador. Faço parte dessa Nação, até onde sei esse País é democrático, sendo assim eu tenho voz e também vez. E mesmo não entendendo muito de política, pois só recentemente decidir obter conhecimento em relação ao assunto, sei que esse meu direito é resguardado na constituição do País.
Na época de sua eleição, me refiro ao ano de 2010, mesmo não podendo votar, e não muito interessado em política, acompanhei sua eleição, foi impressionante e pode se dizer que até assustador, ver que tudo o que era dito, seja por Vossa Excelência ou pelo seu antecessor (Luiz Inácio Lula da Silva), rapidamente era repercutido em massa pela mídia, em meio a tantas informações, sugiram várias especulações que Vossa Excelência seria a favor da descriminalização do aborto, a repercussão em torno do assunto foi tanto que Vossa Excelência em público declarou: “sou pessoalmente contra o aborto e defendo a manutenção da legislação atual” e alegou também que estava sendo vítima de uma “sórdida campanha de difamação”. Estou convicto que essa