Cardoso e Faletto

Capítulo IV
2- As economias de enclave no momento de transição

Segundo os autores o curso histórico tomado pela transição nos países em que os enclaves se constituíram, foi diferente. Tal processo foi um fato que ocorreu entre o fim do século XIX e início do século XX, quando os grupos de expressão política local, haviam se consolidado no poder e passaram então a controlar os setores mais importantes da economia. No seguinte tópico, Cardoso e Faletto, tratam com ênfase os casos do México, Bolívia e Venezuela, deixando claro as especificidades de cada caso e apontando onde se assemelham, como nos seguintes pontos onde são ressaltados no corpo do texto, ao referirem-se a falta de participação popular nas principais decisões nacionais, sendo considerados por Cardoso como mero espectadores de um processo histórico, onde não se consolidavam como uma classe social. O papel da burguesia, que outrora não era muito diferente dos demais, já que não eram a classe hegemônica de tal processo, como se deu nos casos clássicos dos tradicionais países centrais da economia mundial. Nos exemplos dado por Cardoso e Faletto, a hegemonia processual se localizava nas mãos das oligarquias, que se caracterizavam por seu nítido predomínio cujas bases de sustentação econômica se davam pelo latifúndio de baixa produtividade, voltado para o mercado preferentemente regional ou interno, onde as relações de produção constituíam-se de acordos padrões tradicionais desses países, direcionando assim o capitalismo naquelas regiões. Fator importante frisado pelos autores, estava no papel das corporações internacionais, que segundo eles ao investir capital nesses países, os impulsionaram para uma internacionalização de produção, indo além da relação primária de exportação de capital e importação de matéria-prima, mesmo que esse impulso acontecesse estabelecendo uma relação de dependência. Dado a essa dependência das economias nacionais, desses países latino americanos com o