Dialética da dependência, Ruy Mauro Marini e Dependência e Desenvolvimento na América Latina, Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto
Relações Internacionais
Política Comparada e Pensamento Político da América Latina
Prof. Luciana Ballestrin
Análise comparativa Entre a obra Dialética da dependência, Ruy Mauro Marini e Dependência e Desenvolvimento na América Latina, Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto
por Rodolfo Tschope Pereira
Introdução
A teoria da dependência foi desenvolvida em meados da década de 60 sobre o processo de reprodução e desenvolvimento do capitalismo nos países subdesenvolvidos da América Latina. Durante o desenvolver do trabalho da Comissão Econômica para América Latrina e Caribe (CEPAL), a teoria da dependência tomou espaço para fazer uma análise crítica sobre a dinâmica social-economica presente nos países da América Latina que estavam sofrendo transformações na composição dos seus parques industriais, os quais eram fomentados por investimentos governamentais e de capitais internacionais. Este trabalho tem como foco fazer uma análise comparativa entre a obra Dialética da Dependência de Ruy Mauro Marini e Dependência e Desenvolvimento na América Latina de Fernando Henrique Cardoso e Enzo Faletto. A segunda obra, tem como apelo um caráter mais social, porém, este tranlho tentará fazer uma abordagem mais econômica da mesma, para que assim, seja possível ter dialogo com a obra do Marini, a qual tem o mesmo viés focado na economia.
1. Dependência e suas Perspectivas através de Marini e Cardoso & Faletto
Ruy Mauro Marini foi na década de 60, seminarista permanente de leitura de O capital, na UnB e aplicou seu método analítico à interpretação da realidade de desenvolvimento do capitalismo latino-americano em Dialética da Dependência (1973). Sobre o viés marxista, Marini discorre sobre a mais-valia relativa e a superexploração do trabalho, não separa “subdesenvolvimento” e “desenvolvimento” como duas etapas consecutivas de um processo evolutivo sendo o primeiro um caminho para o desenvolvimento, mas sim como