Teoria da Aprendizagem
A teoria da associação diferencial é considerada uma teoria de consenso, desenvolvida pelo sociólogo, americano Edwin H. Sutherland (1883-1950), inspirado em Gabriel Tarde(1843-1904).
Essa teoria é chamada de associação diferencial, pelo fato de que os princípios do processo pelo qual se desenvolve o comportamento criminoso são os mesmos do processo através do qual se desenvolve o comportamento legal.
Sutherland constrói sua teoria com alicerce em alguns pilares, princípios que dizem respeito ao processo pelo qual uma determinada pessoa mergulha no comportamento criminoso: a) o comportamento criminoso é aprendido, o que implica a dedução de que este não é herdado(contrariando assim a ideia de Lombroso sobre o criminoso nato) e de que a pessoa não treinada no crime não inventa tal comportamento, da mesma maneira que o indivíduo sem treinamento em Mecânica não cria invenções mecânicas;
b) o comportamento em questão é aprendido em interação com outras pessoas, em um processo de comunicação, que é, em muitos aspectos, verbal, o que não exclui a gestual;
c) a principal parte da aprendizagem do comportamento criminoso se verifica no interior de grupos pessoais privados, significando, em termos negativos, o papel relativamente desimportante desempenhado pelas agências impessoais de comunicação, do tipo dos filmes e jornais, na gênese do comportamento criminoso; d) A função social do crime é de mostrar as fraquezas da desorganização social causada por conflitos culturais. Ao mesmo tempo em que a dor revela que o corpo vai mal, o crime revela um vicio da estrutura social, sobretudo quando ele tente a predominar. O crime é um sintoma da desorganização social e pode sem duvida ser reduzido em proporções consideráveis, simplesmente com uma reforma da estrutura social.
e) a orientação específica de motivos e impulsos é aprendida a partir de definições favoráveis ou desfavoráveis aos códigos legais, de feição