Carandiru - a historia
Entre as versões para o inicio da briga que desencadeou o acionamento da Policia Militar (PM) e terminou com a morte de 111 presos – em 2 de outubro de 1992 - está a disputa por um varal ou pelo controle de drogas no presidio por dois grupos rivais. Ex-funcionários da Casa de Detenção afirmam que a situação ficou incontrolável e por isso a presença da PM se tornou imprescindível. A PM diz que foi hostilizada e que os presos estavam armados. Presos garantem que atiraram todas as armas brancas pela janela das celas assim que perceberam que a invasão era iminente. Do total de mortos, 102 presos foram baleados e outros nove morreram em decorrência de ferimentos provocados por armas brancas. De acordo com o relatório da PM, 22 policiais ficaram feridos. Nenhum deles a bala.
Cronologia:
02/11/92 – 13h30: começa uma briga entre detentos do lado de fora das galerias (pavilhão 9);
02/11/92 – 13h45: na briga dois presos são feridos;
02/11/92 – 14h15: funcionários tentam acalmar os ânimos;
02/11/92 – 14h30: alarme é acionado e a PM chamada;
02/11/92 – 15h: chegada da PM e das autoridades penitenciárias. Três juízes estavam presentes. O governador do Estado, Luiz Antonio Fleury Filho, que está em Sorocaba, é avisado pelo secretário de Governo, Cláudio Alvarenga, as rebelião;
02/11/92 – 15h20: o diretor do presidio, José Ismael Pedrosa, tenta conversar com os detentos;
02/11/92 – 16h10: diretores são retirados do local pela Policia Militar;
02/11/92 – 16h15: o secretário de Segurança Publica, Pedro Franco de Campos, autoriza a PM a invadir o local (pavilhão 9), segundo a versão do governador Luiz Antonio Fleury Filho;
02/11/92 – 16h25: ordem de invasão é dada e começam os disparos;
02/11/92 – 16h30: o coronel Ubiratan Guimarães, líder da tropa, é retirado, ferido, do local. Fleury afirma que espalhou-se entre os policiais que ele havia morrido;
Onde agiram os PMs:
Térreo do pavilhão 9: sem mortes;
1º andar: 15 mortes. Choque (rota),