Tópicos sobre educação, metodologia da pesquisa científica [...]
Luiz Carlos dos Santos
A iniciação científica (IC) deve ser concebida como instrumento que permite o acesso de estudantes da graduação na pesquisa científica. Os programas de IC colocam o aluno desde cedo em contato direto com a atividade científica, propiciando seu engajamento na produção do conhecimento. A iniciação científica define-se, portanto, como um instrumento de formação de recursos humanos qualificados. É na graduação que o iniciante na investigação científica deve dar seus primeiros passos rumo à formação de pesquisador, participando de forma ativa em projetos de pesquisa com qualidade acadêmica, mérito científico e orientação adequada, individual e continuada. Enquanto objetivos da Iniciação Científica, citam-se: introduzir e/ou disseminar a pesquisa na graduação; despertar vocação para a ciência; incentivar talentos potenciais no ensino de graduação; contribuir para a formação de recursos humanos para a pesquisa; proporcionar a iniciação nos métodos científicos, nas técnicas inerentes a cada área do conhecimento; aguçar o desenvolvimento da criatividade na ciência, mediante orientação de pesquisador qualificado; possibilitar a redução do tempo médio de titulação de mestres e doutores. A IC, além dos objetivos elencados, garante visão de mundo mais ampla ao estudante, incentiva o alunado a participar de eventos técnico-científicos sobre sua área de estudos, melhora a concentração e a organização nos estudos; ensina, na prática, o estudante a lidar com imprevistos; propicia maior troca de informações entre aluno e professor. Portanto, ao inclinar-se à iniciação científica o estudante estará dando um passo à frente rumo à sua organização pessoal, visão de mundo e, certamente, quando egresso, será disputado pelas organizações privadas, institutos de pesquisa, agências de inovação ou estará plenamente preparado para ingressar na academia, agora como pesquisador, fazendo parte do quadro