cancer
1. Autossuficiência em sinais de crescimento: capacidade de produzir seus próprios fatores de crescimento, não sendo necessário a presença deles no meio para sua proliferação. Certos oncogenes mutados tem papel relevante na produção desses fatores de crescimento autóctones.
Insensibilidade a sinais de inibição de crescimento: as células cancerosas perdem a capacidade de responder a sinais bioquímicos que inibam a divisão celular, permitindo sua proliferação descontrolada.
Evasão da morte celular programada: as células cancerosas tem muitas alterações em seu genoma, logo deveriam sofrer apoptose, mas elas tem a capacidade de desativar esses processos que as levariam à morte celular programada.
Potencial de replicação ilimitado: a célula cancerosa consegue “fugir” do processo de senescência, controlada pelos genes supressores de tumor retinoblastoma e p53, e consegue a capacidade de tornar-se imortal; conseguindo replicar-se indefinidamente.
Angiogênese sustentada: à medida que o tumor cresce, suas células vão-se distanciando dos vasos que nutrem o tecido, logo as células cancerosas devem ser capazes de estimular a angiogênese local ou, em alguns casos, o bloqueio da produção de fatores inibidores da formação de novos vasos.
Capacidade de invadir tecidos e dar origem a metástases: o desenvolvimento do câncer está relacionado a mudanças na interação das células cancerosas com os demais tecidos, logo tais células são capazes de deixar seu sítio de origem e colonizar outras regiões. A célula neoplásica expressa de forma anômala proteínas que possibilitam a penetração na matriz extracelular, como enzimas da família das metaloproteinases de matriz, levando à disseminação do processo de oncogênese.
2. Instabilidade Genômica: Células neoplásicas adquirem a capacidade de neutralizar mecanismos de manutenção genômica, gerando em ambiente propício à ocorrência mais frequente de mutações, facilitando a expressão das demais características