Cana de açucar
Gilberto Freire afirma que "o canavial desvirginou todo esse mato grosso de modo mais cru pela queimada. A cultura da cana valorizou o canavial e tornou desprezível a mata". O processo é simples. Para plantar a
Neste quadro, a prática da queimada da cana-de-açúcar foi difundida em larga escala, sendo que, desde então, o controle parcial somente tem ocorrido por força dos movimentos sociais que culminam em legislações específicas, ações do Ministério Público e decisões judiciais. Contudo, há no Brasil alguns casos de abandono espontâneo dessa prática. Pequenos produtores de cana-de-açúcar do Município paranaense de Ibati criaram uma cooperativa para produção de açúcar mascavo orgânico e não utilizam adubos químicos ou agrotóxicos e fazem a colheita manual, sem a utilização do fogo, com resultados de produtividade maior que das usinas do Estado de São Paulo.
O setor canavieiro sempre ameaça a população que reclama das queimadas, com o desemprego dos cortadores de cana que seriam trocados pelas colheitadeiras, mas esse argumento é mentiroso, pois se queimadas fossem proibidas hoje, seria no mínimo triplicado o numero de trabalhadores empregados na colheita.
Alegam ainda que os trabalhadores não querem cortar a cana crua, pois o rendimento do corte é baixo, existe o risco dos animais peçonhentos, cortes e outras. No entanto os trabalhadores já cortam a cana sem queimar para o plantio, basta pagar uma remuneração justa e fornecer equipamento adequado.
Os trabalhadores que são pagos por produtividade, têm morrido de exaustão, não é possível continuar essa forma de exploração absurda, sendo que os trabalhadores assalariados poderiam cortar a cana crua sem problemas.
As condições ambientais de trabalho do cortador na cana queimada são muito pior que na cana crua, pois a