Cana de açúcar
A cana-de-açúcar teve como centro de origem a região leste da Indonésia e Nova Guiné e ao longo de muitos séculos, se disseminou para várias ilhas do sul do Oceano Pacífico, Indochina, Arquipélago da Malásia e Bengala, aparecendo como planta produtora de açúcar na Índia tropical. di (DELGADO; CESAR, 1977).
No Brasil, o plantio da cana-de-açúcar iniciou-se em São Paulo, no ano de 1522 e atualmente, o Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, seguido por Índia, Tailândia e Austrália. As regiões de cultivo são Sudeste, Centro-Oeste, Sul e Nordeste, permitindo ao País duas safras ao ano e consequentemente, produção de açúcar e etanol para os mercados interna e externo. A cultura da cana-de-açúcar apresenta grande importância no agronegócio brasileiro, representando a indústria sucroalcooleira cerca de 2% das exportações nacionais, além de reunir 6% dos empregos agroindustriais brasileiros e contribuir de maneira efetiva para o crescimento do mercado interno de bens de consumo (BOLOGNA-CAMPBELL, 2007; UNICA, 2008)
A Cana-de-açúcar compõe-se essencialmente de duas partes: uma subterrânea, formada pelos rizomas e pelas raízes, e outra, aérea, constituída pelo colmo, pelas folhas e pelas flores.
O Colmo representa a parte mais importante, daí o evidente interesse em estuda-lo com mais detalhes, pois acumula a sacarose, sendo constituído pelos gomos, entrenós, internódios ou meritalos, pelos nos e pelas gemas, cujas formas são, mais ou menos, peculiares para cada variedade de cana considerada.
Anatomicamente o colmo e formado por um tecido fundamental-tecido parenquimatoso ou tecido suporte-composto de células frouxas e curtas, cujas dimensões são praticamente iguais. São, pois, células isodiamétricas.
Tais células funcionam como depósitos de açúcar e o seu conjunto recebe a denominação de medula.
O colmo da cana-de-açúcar compõe-se de três elementos celulósicos fundamentais:
- o tecido fundamental ou parenquimatoso, com a precípua