calcinose
Introdução
A calcinose cutânea corresponde a uma deposição de sais insolúveis de cálcio em tecidos não articulares, subdivide-se em 04 tipos clínicos: distrófica, idiopática, metastática, eiatrogénica. Pode ser dolorosa e debilitante, resultando em incapacidade funcional. A patogénese é desconhecida, mas parece envolver a ação de células inflamatórias, citocinas e proteínas da matriz mineralizada, como a osteocalcina. O cálcio deposita-se na fáscia muscular ou intramuscular, com predilecção por áreas propensas a traumatismos, como cotovelos, joelhos, nádegas e superfícies articulares flexoras condicionando o movimento articular. A calcinose pode causar atrofia muscular secundária, contracturas articulares e úlceras cutâneas com episódios recorrentes de inflamação ou infecção local. O tratamento da calcinose é um grave problema terapêutico. Esta dificuldade resulta da raridade da ocorrência, da imprevisibilidade da evolução e da heterogeneidade da resposta às diversas ações terapêuticas. Como opção de tratamento são descritos o uso de bloqueadores dos canais de cálcio.
São eles:
O diltiazem é um bloqueador dos canais de cálcio, inibe o influxo de cálcio para as células, o crescimento e a proliferação do tecido muscular liso dos vasos e dos fibroblastos. O mecanismo da acção será pela diminuição da concentração de cálciointracelular muscular, reduzindo a formação de cristais.
Acolchicina previne ou reduz a inflamação secundária aos depósitos de cálcio, não sendo constatada a redução dos depósitos já estabelecidos.
O probenocid, um derivado da sulfanamida, é um agente uricosúrico que inibe a reabsorção do ácido úrico no túbulo renal proximal. Há casos de sucesso terapêutico com probenocid em pacientes com calcinose severa. O mecanismo de ação, na