Cadeia produtiva do chocolate
[editar] Origem
Trecho do Códice Zouche-Nuttall no qual há uma representação de reis da cultura mixteca compartilhando uma bebida de chocolate.
O cacaueiro, de nome científico Theobroma cacao, é uma planta nativa de uma região que vai do México, passando pela América Central, até à região tropical da América do Sul, que vem sendo cultivada desde há pelo menos três mil anos na região.[3] Os primeiros registros de seu uso datam do período olmeca.[5] No entanto, existem evidências que indicam cultivo anterior a esse período.[6] Desde a sua domesticação, o cacau é usado como bebida e, depois, como ingrediente para alimentos. Durante a civilização maia, era cultivado e, a partir de suas sementes, era feita uma bebida amarga chamada xocoatl,[4] geralmente temperada com baunilha e pimenta. O xocoatl, acreditava-se, combatia o cansaço, além de ser afrodisíaco.[7]
Kakaw ('cacau') escrito na língua maia. A palavra foi descrita de diversas outras maneiras nos antigos textos maias.
Alguns dos vestígios mais antigos de uma plantação de cacau foram datados de 1100 a 1 400 a.C., tendo sido encontrados em Puerto Escondido, localidade do Departamento de Cortés, em Honduras. Pelo tipo de recipientes encontrados e pela análise de seu conteúdo, concluiu-se que eram usados para produzir uma bebida alcoólica pela fermentação dos açúcares contidos na polpa que envolve os grãos, bebida essa que continua a ser feita até hoje em partes da América Latina[8]. Resíduos de chocolate encontrados numa peça de cerâmica maia de Río Azul, na Guatemala, sugerem que já era utilizado como bebida por volta do ano 400 d.C. Documentos maias e astecas relatam que o chocolate era usado tanto para fins cerimoniais como no cotidiano, sendo, no entanto, consumido apenas pela elite.[7]
Por suas reconhecidas propriedades e sua difusão regional, o cacau ganhou grande importância econômica na Mesoamérica na era pré-colombiana. Os Maias usavam os grãos