Bullyng
Embora o bullying tenha efeitos variados entre as crianças e adolescentes, em geral existe uma relação direta de suas conseqüências com a freqüência, duração e severidade das agressões. Suas vítimas sofrem conseqüências a curto e longo prazo. As dificuldades emocionais e escolares são as mais imediatas. As dificuldades emocionais persistem por muito mais tempo, sendo a depressão com baixa autoestima a principal seqüela.
Os autores de bullying, por sua vez, a longo prazo podem apresentar conseqüências sociais e legais. Quanto mais jovem for a criança agressiva e autora do bullying, maior será o risco de apresentar problemas associados a comportamentos anti-sociais em adultos, tais como a instabilidade no trabalho, nos relacionamentos afetivos, nas questões éticas (Due, 1999).
O testemunho de atos de bullying acompanhado de omissão é, por si só, um ato culposo. Isso pode trazer conseqüências de arrependimento, sensação de impotência, culpa, omissão. Presenciar o bullying pode proporcionar nos demais alunos uma malformação de caráter, de valores, descrença na instituição, banalização da contravenção, inversão de valores morais, de justiça, entre outros.
O comportamento dos pais dos alunos agressores é importantíssimo para a prevenção do problema. Na questão do bullying, nenhum pai deve se sentir mais aliviado porque seu filho não está sendo vítima. Os agressores terão seríssimos problemas de conduta, comportamento e moral no futuro, caso não sejam prontamente corrigidos. As outras crianças que "não tomam partido", estão longe de serem inocentes. São cúmplices.
Os pais das vítimas do bullying devem ter conduta fortemente intervencionista. A indiferença e a falsa crença de que isso "é coisa de criança" pode fazer com que a vítima sofra intensos sentimentos de abandono. O inconformismo, a revolta e a ira podem comprometer o desenvolvimento da personalidade dessas crianças. A negação ou indiferença da escola e dos professores pode gerar na criança a