Brincar e Aprender

Brincar e aprender

BRINCAR E APRENDER
Sob o olhar de um adulto, brincar parece ser um ato despretensioso, sem porque ou ainda um atividade ociosa e sem proveito. Porém no meio educacional, esse ato não é mais visto dessa forma tão simples e vazia, o brincar é um processo elaborado e rico de compartilhamento entre sujeitos e também em relação aos objetos, onde o indivíduo se reconhece como participante do meio. A valorização da infância na era moderna tem contribuído de forma muito relevante para que o lúdico, ou seja, para o desenvolvimento significativo e contextualizado da criança. E entendendo que a brincadeira independe de cultura, ela está presente de várias formas em todos os lugares, é necessário que haja então, um maior empenho para que algo tão intrínseco na infância seja colocado como tal. A brinquedoteca é um espaço de extrema importância nesse processo, tendo em vista que a modernidade trouxe grandes avanços e evoluções, porém trouxe também uma enorme dificuldade nas relações sociais. Se por um lado a ideia inicial desse espaço era emprestar brinquedos, e isso servia de certa forma como alento para aqueles que não gozavam dessa oportunidade em casa, ou no meio em que viviam, por outro lado hoje em dia a dificuldade de se propor o brincar mais humanizado, sem tantas tecnologias, ou apenas com o que for necessário, o egocentrismo incentivado desde tão cedo, tem se tornado barreiras ainda que muitas vezes imperceptíveis dentro desse espaço. Se é por meio do brincar que se pode perceber a exteriorização da alma infantil, então, que objetivo deve ter a brincadeira? Pode se instigar com o intuito de obter um resultado pré-estabelecido? Ou dever algo livre de pretensões? Entender e sintetizar esse complexo mundo não é tarefa fácil, pois em se tratando da formação integral de um cidadão autônomo e ativo, muitos