Brincar é mais que aprender
Mediar a relação que as crianças estabelecem entre si talvez seja a principal ação do educador nesta faixa etária de seis anos. Como assim? O professor auxilia o processo de desenvolvimento das capacidades infantis, tais como: tomadas de decisões, construção e apreensão de regra, cooperação, diálogo, solidariedade etc. Assim, o professor favorece o desenvolvimento de sentimentos de justiça e atitudes de cuidado que a criança passa a ter consigo mesma e com as outras pessoas. Portanto, o professor participa da brincadeira, além de organizá-la, observá-la e avaliá-la. Para isso, o processo de observação das crianças durante a brincadeira torna-se fundamental. O professor, quando considera a criança um ser ativo em seu processo de desenvolvimento, faz a mediação entre ela e seu meio, podendo utilizar recursos como: materiais, brinquedos, jogos, entre outros.
O professor deve interagir com a criança de modo a ser um facilitador, interventor, problematizador e propositor de novas ideias, espaços e brincadeiras, levando em conta as reações das mesmas e as encorajando em seus modos de brincar e de compreender o mundo. Assim, o professor e as crianças, juntos, poderão transformar e descobrir diferentes modos de se relacionar. Quando o professor compartilha uma brincadeira ou jogo com a criança, ele pode ajudá-la a enfrentar eventuais insucessos, estimular seu raciocínio, sua criatividade, reflexão, autonomia etc. Isto quer dizer: quando o professor tem intenção de brincar junto com a criança, pode criar diversas situações que estimulem o seu desenvolvimento, sua inteligência e afetividade. Quando a criança brinca com outra criança age de maneira cooperativa, faz imitações, disputa objetos, briga, vivencia todos os espaços e experiências? Se ela faz tudo isto, você está no caminho certo. O tipo de interação entre as crianças que propomos possibilita que cada uma compartilhe com as outras suas dúvidas, expresse suas emoções e