Brincar: prazer e aprendizado
Título: Brincar: prazer e aprendizado
Referência: MALUF, Angela Cristina Munhoz. Brincar: prazer e aprendizado. Vozes, 2003. P.
A brincadeira está presente desde muito tempo em nossas vidas. O desejo de brincar não é algo que se ensina, este anseio está em nós desde a primeira infância. Assim sendo, muito mais que uma proposta lúdica, a brincadeira está para a criança como ação autônoma decorrente em seu processo de desenvolvimento físico, social, psíquico e cognitivo. Para MALUF (2003) o verbo brincar nos acompanha diariamente. Sempre foi e sempre será uma atividade espontânea e muito prazerosa, acessível a todo o ser humano, de qualquer faixa etária, classe social ou condição econômica.
Neste capítulo a autora aborda o ato de brincar como uma prática social que propicia a criança uma participação ativa no grupo o qual está inserida. A criança pode relacionar questões internas com a realidade externa e torna-se capaz de participar de seu contexto e perceber-se como um ser no mundo (...) através de sua participação no grupo de brincadeiras o individuo pode dar sentido ao seu mundo.
Nesta ótica para MALUF (2003) o brincar não pode ser considerado apenas uma imitação da vida do adulto, pois em cada fazer novamente a criança pode encontrar o significado da sua experiência relacionada com seu contexto e coloca-se como agente de sua história que aceita uma realidade ou a transforma.
Portanto, as atividades lúdicas preparam a criança para o desempenho de papéis sociais, para a compreensão do funcionamento do mundo, para demonstrar e vivenciar emoções. Quanto mais a criança brinca, mais ela se desenvolve sob os mais variados aspectos, desde os afetivo-emocionais, motor, cognitivo, até o corporal. É através da brincadeira que a criança vive e reconhece a sua realidade. A brincadeira não é apenas uma dinâmica interna da criança, mas uma atividade dotada de um significado social que necessita de