Bioética
A definição clássica do instante da morte foi formulada por Hipócrates creca de 500 a.C . Acha-se no De morbis, 2° livro, parte 5: “Testa enrugada e árida, olhos cavos, nariz saliente, cercado de coloração escura. Têmporas deprimidas, cavas e enrugadas, queixo franzido e endurecido, epiderme seca, lívida e plúmbea, pelos das narinas e dos cílios cobertos por uma espécie de poeira, de um branco fosco, fisionomia nitidamente conturbada e irreconhecível”.
Até pouco tempo, o critério para se dizer que alguém estava morto era a cessação da respiração e a parada cardíaca. Perante o fenômeno da morte, o ser humano era espectador e não ator. Acompanhava o que acontecia sem intervir. Hoje essa situação mudou completamente. O critério decisivo para se dizer que alguém está morto é o cérebro. Isso vem trazer uma serie de novos problemas do ponto de vista técnico e ético.
Em caso de doença prolongada, dolorosa e sem esperança de cura, as sugestões para aproximar o fim não vem geralmente do doente ainda lucido, nem nascem espontaneamente no espirito do médico. A resposta do medico não pode ser outra a que não seja aliviar o sofrimento, apoiar o doente, más nunca precipitar a sua morte. É comum dizer-se que sedar a dor é obra de Deus; tal foi e continua a ser uma verdade. Porém, dá aplicação dos mesmos elementos terapêuticos más em doses acima da resistência do doente, vai um abismo: a diferença entre a defesa da dignidade na morte e o homicídio. É seguramente licito que o medico use medicamentos que aliviem a dor, mesmo que saiba que com isso poderá encurtar a vida do doente, num processo de duplo efeito. Correr um risco decorrente da terapêutica é seguramente diferente da intenção expressa de provocar a morte.
Inclusivamente, a tecnologia da Ciência arrisca-se a deixar na sombra o valor humano único do doente que se trata. A maquina da Saúde com as suas instalações e recursos, de uma eficácia cada vez maior ( más também com as suas torturas )pode